Anestesia
Faço do meu silêncio uma imagem,
Um retrato emoldurado pelas mãos da solidão...
Encharco de longos intervalos o meu coração e,
Faço pulsar o sangue de uma calada canção...
Sou como a fênix foragida das cinzas,
Sou também a angustia concebida pela vida...
Sou a maldição que atormenta Baudelaire,
Sou o marasmo, o tédio e a dor...
Sou filho do mundo que não me quer,
Sou uma forja de desejos assassinos...
Sou o ocultado pranto da melancolia,
Sou a tristeza de um sorriso,
Meu bem! Eu sou a tua anestesia.
Carlos Conrado
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