Freitag, Mai 05, 2006


O Bom Espírito

-Busco-te neste mundo
para juntos podermos,
absorver estes ermos
deste cenário imundo...

Tu que nasceste
do ventre de outro plano,
escuta este canto
com tristeza e desencanto...

Da minha voz não te vires,
escuta com atenção,
protege os teus filhos
da maldade de um coração...

Coração que não te pertence,
mas que está sempre presente,
nos teus laços de união...

Corre... enquanto é tempo,
protege-te de um possivel ferimento,
não te armes contra o tormento
pois só sairás perdendo...

Rasga de ti estes vestes
que camuflam a tua alma,
não te faças um morcego,
pois as trevas não te amam...

Pede a Deus por teu livramento,
rogue por teu juízo,
ganharás asas de luz
e a confiança do melhor amigo...

-De onde viestes?
porque fazes isto comigo?
quem és... quem és tu ó ser clemente?
porque não me condena a morte
já que sabes do meu pensamento?

-Vejo em teu rosto rosado,
a vergonha estampada,
a maldade não te pertence,
guarde o amor puro como glória...

Não te inclinas novamente,
jamais ceda ao rebento,
vês os olhos de quem chora?
é teu filho que está sofrendo...
Vês os braços estendidos?
é um abraço que está pedindo.

Carlos Conrado