Montag, Juni 19, 2006

Morbidez

Tu, a quem chamo de ilusão doce e morbida;
a quem degusto e trago num tragar mortiço,
feito vício que mata quando se quer tanto,
tanto e tanto morro mas quero-te comigo.

Te esquivas de mim, em meus labirintos sombrios,
e eu no cio, procuro-te mas não te encontro.
Em minha mente passam-se sombras e vultos
quando no oculto de mim tu estás escondida.

hipnótica visão com a qual prendo-me a ti,
ilusão, na qual me prendes com tamanha frieza.
Iludes a quem não quiz ser iludido,
como quem ilude por ímpeto da natureza.

Natureza fria e sádica tens tu contigo.
Sarcástica paixão que de ti me contagias
intoxicando minh'alma e agitando o meu espírito...
...por ti expio e morro a todo instante.

Eliel Fonseca