Samstag, November 18, 2006

Sem Título

Tenho em mente como arma
Os conceitos da vingança
E a síntese das desgraças.

O meu ódio reprimido
Vem arrastando toda esperança
Tão violento e tão destrutivo...

A meus inimigos, estes miseráveis,
Deixo com a sagacidade das minhas palavras
As mais horríveis das mortandades!

E que a nédia benevolência e todo perdão do mundo
Seja sempre excremento
Podre e inútil

Que seja cinza,
Que seja pó,
Que seja dor
Tudo que faz viver,
Tudo que é amor!

Almaques Gonçalves/Bahia-Bra
Sem Título

Girassóis embriagados
Seguem um astro complexado
Pintores idiotas
Pintam luzes frias... sombras quentes
Por que rides, Monalisa?
Zombas de mim?
Entre redemoinhos, moinhos e nós
Resgatei a orelha de Van Gogh...
De que te serve se o que te serve
Não mais valia tem?
Lúgubre, fúnebre é o epíteto específico
Da ínfima palavra que não vem à memória...
Maldita!

Letícia Pinheiro/São Paulo-Bra