Donnerstag, Juni 08, 2006

Que se ergam todos os sabbats
E profanem os medíocres corpos,
Em covens silenciosos,
Liderados por forças da Natureza
Que se exprimem pela pureza
Dos que se rendem aos seus encantos
E por isso sacrificam os prantos
Dos que temem mergulhar
No vinho bacante do Ar,
Na força da Água que cai,
Ou que arrasta, porém não trai...
Sacrificam, também, o desconsolo
Dos que ignoram ser o joio
Em meio ao trigal
E fogem do incessante Fogo
Que os devorará impiedoso
Em sua perseguição trimestral
E após a imolação, a Terra,
Essa nossa Mãe que tudo encerra
Num desfecho triunfal,
Nutrir-se-á de toda a matéria
E agradecer-nos-á de forma séria:
Mantendo-nos o espírito imortal!

E assim, desprezando tudo o que a carne puxa,
Uma vez bruxa, para sempre bruxa!

Josiene Ferreira