Donnerstag, Januar 11, 2007

Novo Mundo

Para iludir o tempo, criei,
Tempestuosas obras ao relento,
Como Salvador Dali, em,
Seus momentos descontentes,
Criei a surrealidade germinadora
De voláteis e ociosos mundos...
Criei uma identidade para a febre,
Materializei viagens astrais,
Transformei-me num deus célebre...
Quis revestir a estética
Deste novel mundo presente,
Com pinceladas fortes e jorradas
De sombra, carmim e sépia...
Pintei o mundo ao meu modo,
Depois o habitei com minhas criaturas,
Seres humanos desfigurados
Para aprenderem a amar
No que agora se assemelham...
Mais nenhuma idéia de pudor,
Nada agora é pecado,
O passado e o futuro
Foram cruelmente exterminados,
Sem contagens de tempo
Tudo agora é presente...

*Poema publicado no jornal O Capital de Resistência ao Ordinário, Dezembro.Carlos Conrado/São Paulo-Bra

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