O Tempo e o Espaço
Quando a celebre Hora foi criada
O Espaço solitário assim vivia
No desgosto farto de madrugadas
O senhor Deus na insônia movia
Passos intervalados e pouco ritmados,
Escalados os Segundos, pareciam
Loucos soldados sofrendo guiados
Com o poderoso general Fantasia...
Nas tumbas que agora jazem,
Os pobres Segundos suicidas
Em apelativas canções de silêncio,
Contemplam o renascimento do Tempo
Com a fantástica matéria da Hora...
Eis que num estranho contentamento,
O Espaço que sempre chora
Engana a Chuva e o Vento,
Numa voz profana que incomoda...
Carlos Conrado/ São Paulo-Bra
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