A voz
Dentre essas sombras tremulantes,
Há uma voz onipotente do saber,
Que cria a surrealidade de um existir
E mede com o prumo onipresente
A arquitetura dos ventos, dos raios,
Das estrelas, das coisas inexplicáveis
Que contrariam a lei do aparecer...
Confidente e mãe da natureza
Cantam juntas a beleza,
Do germinar de uma rosa,
Do pranto de uma pedra,
Do arfar de uma vida,
De um monstro a devorar
A sua própria espécie querida...
Eis que essa voz
Inspiração que vivifica Liceu,
Profana a si
Quando num grito,
Convida os homens
A subirem aos céus...
Dantes dessa voz,
Eles ensaiam,
Na companhia do individualismo
Cânticos graves e detratoriais.
Carlos Conrado
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